terça-feira, 18 de abril de 2017

A MULHER QUE VIVEU DUAS VEZES


A MULHER QUE VIVEU DUAS VEZES (1958)


1. “A Mulher que Viveu Duas Vezes”. Consta que Alfred Hitchcock gostaria muito de adaptar ao cinema “Celle qui n'Était Plus”, um romance da dupla francesa, Pierre Boileau e Thomas Narcejac, entretanto adaptado em França, em 1955, por Henri-Georges Clouzot, com o título “Les Diaboliques”. Sabendo do interesse do realizador norte-americano, Boileau e Narcejac resolveram escrever um novo romance, "D'Entre les Morts", que enviaram a Hitch. Assim nasce “Vertigo”, que conta com o trabalho de Alec Coppel e Samuel A. Taylor na escrita do guião, com a colaboração, não referenciada no genérico, do escritor e dramaturgo Maxwell Anderson.
Extremamente original quando foi rodado, na forma como desenvolve a narrativa e nos processos técnicos utilizados (muitas vezes repetidos e copiados posteriormente, o que pode dar a sensação hoje em dia de não ser tão original quanto o foi em 1957), “A Mulher que Viveu Duas Vezes” é uma obra extremamente complexa, jogando com alguns dos temas caros a Hitchock. Um deles é a obsessão da culpa, outro a presença de uma loura capitosa, que oscila entre vítima indefesa e mulher fatal, um terceiro o recurso à psicanálise e aos complexos e pulsões eróticas desencadeados pelas teorias de Freud e continuadores, muito em voga por esses anos no cinema norte-americano. 


John Ferguson (o sempre notável James Stewart) é um polícia reformado, que sente a culpa de estar ligado à morte de um companheiro de equipa que, ao longo de uma perseguição pelos telhados de São Francisco, ao tentar salvá-lo de uma queda, acaba por sucumbir ele próprio no precipício. Ferguson não sente só a culpa desse acidente, como também fica refém de uma acrofobia que o impede de se aproximar de qualquer abismo, sofrendo de terríveis vertigens que lhe tolhem os movimentos e provocam o desmaio e a queda. Vive a tentar recuperar do trauma, na companhia de Midge Wood (a admirável Barbara Bel Geddes), uma designer que se apresenta como a imagem protectora e maternal de uma amiga e serena apaixonada que lhe dá a força necessária em momentos de maior inquietação. Um dia, Ferguson recebe a proposta de um antigo amigo, Gavin Elster (Tom Helmore), para reatar a sua actividade, agora como detective particular. A ideia é perseguir Madeleine Elster (a belíssima Kim Novak), mulher de Gavin, que atravessa um período conturbado, julgando assumir a personalidade de uma antiga antepassada que se matara. Gavin afirma temer pela sorte da mulher e quere-a acompanhada ao longo do dia, antecipando alguma tragédia. Ferguson acaba por aceitar a incumbência e a beleza de Madeleine e o mistério que a cerca acabará por enfeitiçar o ex-polícia. É difícil ir mais além a desenhar os contornos da trama sem lhe retirar suspense, o que, num filme do mestre do mesmo, seria indesculpável. 


Mas pode dizer-se que Ferguson não se liberta da sua acrofobia, e que alguém se aproveita dela para tentar cometer o crime prefeito. Pode ainda falar-se de uma obsessão amorosa que fulgurantemente galopa, e não se andará muito longe da verdade se se analisar, a certa altura do enredo, o comportamento de Ferguson que se aproxima muito de um sintomático pigmaleanismo, procurando recriar a mulher dos seus sonhos. Aliás a revisitação de alguns temas mitológicos clássicos e de alguns sonhos freudianos (há mesmo um pesadelo visual de Ferguson que revela alguma influência surrealista, sob a batuta de mestre Saul Bass) ao longo de toda a obra, que conta ainda com uma curiosa construção cromática, com alguns planos em viragem para um monocromatismo muito interessante de um ponto de vista simbólico, mas sobretudo como efeitos dramáticos conseguidos mercê de mão de mestre pela astúcia formal de Hitch. De um ponto de vista plástico, a obra é de uma elegância e de um beleza sufocantes, uma das mais rigorosas e perfeitas saídas deste genial manipulador de emoções. Há um efeito que começou desde então a ser conhecido como “a vertigem Hitchcock” e através do qual o cineasta consegue o efeito de vertigem conjugando um travelling manual recuando, com um zoom óptico de aproximação. Mas esta é apenas uma das originalidades desta obra-prima que, todavia, na noite da atribuição dos Oscars no ano, apenas se viu distinguida com duas nomeações para Melhor Direcção Artística e Melhor Som, que nem estes haveria de ganhar. Aliás, a recepção do público na época da estreia, foi razoavelmente boa, bem como a da crítica, sem todavia entusiasmar quem quer que seja. Nem a fabulosa partitura musical de Bernard Hermann suscitou na altura entusiasmo devido. 
O título só começou a ser devidamente valorizado a partir da década de 70, quando alguns realizadores (entre os quais Martin Scorsese e Brian De Palma), muito influenciados pela crítica europeia, lhe atribuíram um outro valor. Mas foi definitivamente depois do restauro, em 1996, que a obra saltou para os lugares de topo das listas dos Melhores de Sempre.
“A Mulher Que Viveu Duas Vezes” não é curiosamente o filme preferido de Hitch (chegou a confessar que uma das suas obras preferidas era “Shadow of a Doubt” - A Sombra de Uma Dúvida-, de 1943), mas, igualmente segundo as suas próprias palavras, terá sido “o seu filme mais pessoal”, onde a protagonista pode considerar-se a representação das mulheres da vida de Alfred Hitchcock.


2. “Vertigo” o melhor filme de sempre?... “Sight & Sound” é uma revista inglesa de crítica cinematográfica que apareceu em 1932, passando, a partir de 1934, a ser editada pelo BFI (British Film Institute).  A revista mantem-se ainda hoje como uma das publicações mais prestigiadas em todo o mundo. De edição mensal, dá igual importância a obras de grande público e de circuitos restritos, sendo dirigida por Gavin Lambert entre 1949 e 1955, depois (de 1956 a 1990), por Penelope Houston. Actualmente é da responsabilidade de Nick James. Em 1952, a “Sight & Sound” organizou um primeiro inquérito entre críticos, realizadores, historiadores, académicos e distribuidores de todo o mundo, solicitando a cada um deles a sua lista dos 10 Melhores Filmes de Sempre. Do cômputo geral saiu uma lista que tinha à frente “Ladrões de Bicicletas”, de Vittorio de Sica, e uma maioria de obras do cinema mudo: 1. Bicycle Thieves (25 votos), 2. City Lights (19), 2. The Gold Rush (19), 4. Battleship Potemkin (16), 5. Intolerance (12), 5. Louisiana Story (12), 7. Greed (11), 7. Le Jour se Leve (11), 7. The Passion of Joan of Arc (11), 10. Brief Encounter (10), 10. La Règle du Jeu (10) e 10. Le Million (10). Dez anos depois, a revista repetiu o inquérito, com resultados bastante diferentes. “Citizen Kane”, de Orson Welles, aparecia à frente: 1. Citizen Kane (22 votos), 2. L'Avventura (20), 3. La Règle du Jeu (19), 4. Greed (17), 4. Ugetsu Monogatari (17), 6. Battleship Potemkin (16), 7. Bicycle Thieves (16), 7. Ivan the Terrible (16), 9. La Terra Trema (14) e 10. L'Atalante (13). Em 1972, novo inquérito dava outro resultado, mantendo todavia “Citizen Kane” na dianteira: 1. Citizen Kane (32 votos), 2. La Règle du Jeu (28), 3. Battleship Potemkin (16), 4. 8½ (15), 5. L'Avventura (12), 5. Persona (12), 7. The Passion of Joan of Arc (11), 8. The General (10), 8. The Magnificent Ambersons (10), 10. Ugetsu Monogatari (9) e 10. Wild Strawberries (9).
Nova década passou e, em 1982, a votação sofreu algumas alterações, mas Welles manteve-se na dianteira: 1. Citizen Kane (45 votos), 2. La Règle du Jeu (31), 3. Seven Samurai (15), 3. Singin' in the Rain (15), 5. 8½ (14), 6. Battleship Potemkin (13), 7. L'Avventura (12), 7. The Magnificent Ambersons (12), 7. Vertigo (12), 10. The General (11) e 10. The Searchers (11). Não deixa de ser interessante verificar as alterações. Alguns títulos foram desaparecendo, outros surgindo, alguns subindo ou descendo em virtude do “gosto” da época. Em 1992, a iniciativa manteve-se e o primeiro lugar também: 1. Citizen Kane (43 votos), 2. La Règle du Jeu (32), 3. Tokyo Story (22), 4. Vertigo (18), 5. The Searchers (17), 6. L'Atalante (15), 6. The Passion of Joan of Arc (15), 6. Pather Panchali (15), 6. Battleship Potemkin (15) e 10. 2001: A Space Odyssey (14).
No primeiro inquérito do século XXI (2002), “Vertigo” começa a ameaçar “Citizen Kane” que, todavia, mantém a hegemonia durante 50 anos: 1. Citizen Kane (46 votos), 2. Vertigo (41), 3. La Règle du Jeu (30),4. The Godfather e The Godfather Part II (23), 5. Tokyo Story (22), 6. 2001: A Space Odyssey (21), 7. Battleship Potemkin (19), 7. Sunrise: A Song of Two Humans (19), 9. 8½ (18) e 10. Singin' in the Rain (17).
Em 2012, finalmente, a reviravolta: “Vertigo” em primeiro lugar, “O Mundo a Seus Pés” em segundo. Entretanto o universo de votantes também se alterou consideravelmente em número: 846 críticos, programadores, académicos e distribuidores, notando a ausência de realizadores que agora tinham uma votação à parte. Os resultados: Vertigo (191 votos), 2. Citizen Kane (157), 3. Tokyo Story (107), 4. La Règle du Jeu (100), 5. Sunrise: A Song of Two Humans (93), 6. 2001: A Space Odyssey (90), 7. The Searchers (78), 8. Man with a Movie Camera (68), 9. The Passion of Joan of Arc (65) e 10. 8½ (64).
A “Sight & Sound” desde 92 que mantem um votação isolada para realizadores, com resultados bastante diferentes nalguns aspectos. Em 1992: 1. Citizen Kane, 2. 8½, 3. Raging Bull, 4. La Strada, 5. L'Atalante, 6. The Godfather, 6. Modern Times, 6. Vertigo, 9. The Godfather Part II, 10. The Passion of Joan of Arc, 10. Rashomon e 10. Seven Samurai; Em 2002: 1. Citizen Kane; 2. The Godfather e The Godfather Part II, 3. 8½, 4. Lawrence of Arabia, 5. Dr. Strangelove, 6. Bicycle Thieves, 6. Raging Bull, 6. Vertigo, 9. Rashomon, 9. La Règle du Jeu, 9. Seven Samurai; Finalmente em 2012 os resultados também diferiram da lista mais vasta: 1. Tokyo Story (48 votos), 2. 2001: A Space Odyssey (42), 3. Citizen Kane (42), 4. 8½ (40), 5. Taxi Driver (34), 6. Apocalypse Now (33), 7. The Godfather (31), 07. Vertigo (31), 9. The Mirror (30) e 10. Bicycle Thieves (29).
Até agora esteve a falar-se sobretudo de filmes de ficção (com uma ou outra excepção documental). Em 2014, a “Sight & Sound” realizou um inquérito sobre os Melhores Documentários de Sempre. Por curiosidade, aqui ficam os resultados: 1. Man with a Movie Camera (100 votos), 2. Shoah (68), 3. Sans Soleil (62), 4. Night and Fog (56), 5. The Thin Blue Line (49), 6. Chronicle of a Summer (32), 7. Nanook of the North (31), 8. The Gleaners and I (27), 9. Dont Look Back (25) e 9. Grey Gardens (25).
Voltando a “Vertigo” e ao seu primeiro lugar em 2012, há que referir que a sua foi uma subida gradual, durante os últimos decénios, desde o sétimo lugar em 1998, passando por um quarto (2000), por um segundo (2002) para alcançar o topo da pirâmide em 2012. Esta progressiva subida quer dizer alguma coisa de consistente: o filme foi cada vez mais apreciado, sem dúvida. Mas, por outro lado, estes inquéritos comportam uma percentagem de incerteza muito grande quanto aos resultados. Primeiro que tudo há que avaliar o universo de convidados a votar. Se forem todos escolhidos em função de uma certa tendência estética ou geográfica, os resultados não podem ser consistentes. E sabe-se muito bem como se podem influenciar as conclusões, escolhendo sabiamente as premissas. Depois, as listas não são analisadas em função das preferências no interior de cada votante. Muito pelo contrário: cada filme é um voto e é da soma dos votos que sai o resultado final. Mas, quaisquer que sejam as dúvidas, são interessantes e esclarecedores os desfechos. Se será ou não o Melhor Filme de Sempre (ao cair do ano de 2012), não importa muito. É seguramente um dos Melhores Filmes de Sempre, o que já importa bastante. Para mim, já agora como nota pessoal, nunca o colocaria sequer entre os meus Dez Melhores. O que não invalida que o considere uma obra-prima inquestionável.


A MULHER QUE VIVEU DUAS VEZES
Título original: Vertigo.
Realização: Alfred Hitchcock (EUA, 1958); Argumento: Alec Coppel, Samuel A. Taylor, segundo romance de Pierre Boileau  e Thomas Narcejac ("D'Entre Les Morts"), como colaboração não creditado de Maxwell Anderson; Produção: Herbert Coleman, Alfred Hitchcock; Música: Bernard Herrmann; Fotografia (cor):  Robert Burks; Montagem: George Tomasini; Casting: Bert McKay; Direcção artística: Henry Bumstead, Hal Pereira; Decoração:  Sam Comer, Frank R. McKelvy; Guarda-roupa:  Edith Head; Maquilhagem: Nellie Manley, Wally Westmore;  Direcção de Produção:  Frank Caffey, Andrew J. Durkus, C.O. Erickson, Don Robb;  Assistentes de realização: Daniel McCauley; Departamento de arte: Saul Bass (poster e genérico), Gene Lauritzen, Manlio Sarra (retrato de Carlota); Som: Winston H. Leverett, Harold Lewis;  Efeitos visuais: Farciot Edouart, John P. Fulton, W. Wallace Kelley, Paul K. Lerpae, John Whitney Sr.; Companhias de produção: Paramount Pictures, Alfred J. Hitchcock Productions; Intérpretes: James Stewart (John 'Scottie' Ferguson), Kim Novak (Madeleine Elster / Judy Barton), Barbara Bel Geddes (Midge Wood), Tom Helmore (Gavin Elster), Henry Jones (Coroner), Raymond Bailey  (médico de Scottie), Ellen Corby (gerente do McKittrick Hotel), Konstantin Shayne (Pop Leibel), Lee Patrick, David Ahdar, Isabel Analla, Jack Ano, Margaret Bacon, John Benson, Danny Borzage, Margaret Brayton, Paul Bryar, Steve Conte, Jean Corbett, Bruno Della Santina, Roxann Delman, Molly Dodd, Bess Flowers, Joe Garcio, Joanne Genthon, Don Giovanni, Roland Gotti, Victor Gotti, Fred Graham, Robert Haines, Buck Harrington, Alfred Hitchcock (homem a passear na rua, aos 11 minutos do filme), Jimmie Horan, Art Howard, Catherine Howard, June Jocelyn,  David McElhatton, Miliza Milo, Lyle Moraine, Forbes Murray, Julian Petruzzi, Ezelle Poule,  Kathy Reed, William Remick, Jack Richardson, Jeffrey Sayre, Nina Shipman, Dori Simmons, Ed Stevlingson, Sara Taft, etc. Duração: 129 minutos; Distribuição em Portugal: Midas Filmes; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 13 de Janeiro de 1959.

JAMES STEWART (1908-1997)
James Maitland Stewart nasceu a 20 de Maio de 1908, em Indiana, Pensilvânia, EUA, e faleceu a 2 de Julho de 1997, com 89 anos, em Los Angeles, Califórnia, EUA. Foi casado com a ex-modelo Gloria Hatrick McLean (1949-1994). Foi um actor de teatro, cinema e televisão, tendo protagonizado vários clássicos, sendo considerado um actor incomparável pelo público mundial. Foi nomeado cinco vezes para o Oscar, que ganhou em 1941, pelo seu trabalho em “The Philadelphia Story”. Na televisão conquistou o Globo Ouro de Melhor Actor, nasérie dramática, de 1974, “Hawkins”. Inicialmente, tentou arquitectura, mas acabaria no teatro, nos palcos da Broadway. Foi nos filmes de Frank Capra que começou a chamar a atenção para o seu trabalho no cinema, sobretudo a partir de “Mr. Smith Goes to Washington” (1939). Neste filme, James começou a construir o papel pelo qual mais tarde seria reconhecido, o de idealista convicto. Foi um actor que muitos realizadores gostavam de ter no elenco dos seus filmes. Por isso Hitchcock, Capra, Ford, Anthony Mann e alguns mais não o dispensavam na sua filmografia.  James Stewart morreu na sua casa, em Beverly Hills, de embolia pulmonar. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park, Glendale, em Los Angeles.


Filmografia / Cinema (principais filmes): 1934: Art Trouble (curta-metragem); 1935: The Murder Man, de T. Whelan; 1935: Rose Marie (Rose Marie), de W.S. Van Dyke ; 1938: The Shopworn Angel (Um Anjo no Inferno), de H. C. Potter; You Can't Take It with You (Não o Levarás Contigo), de Frank Capra; 1939: Mr. Smith Goes to Washington (Peço a Palavra), de Frank Capra; Made For Each Other (A Vida Começa Amanhã), de John Cromwell; Ice Folies of 1939 (O Turbilhão de Gelo), de R. Scheinzel; Destry Rides Again (A Cidade Turbulenta), de George Marshall; 1939: It's a Wonderful World (Afinal, o Mundo é Belo!), de Frank Capra; 1940: No Time for Comedy (A Vida é Uma Comédia), de William Keighley; The Philadelphia Story (Casamento Escandaloso), de George Cukor; The Shop Around the Corner (A Loja da Esquina), de Ernest Lubitsch; The Mortal Storm (Tempestade Mortal ou Tempos de Maldição), de Frank Borzage; 1941: Ziegfeld Girl (Sonho de Estrelas), de R. Z. Leonard; 1942: Come Live with Me (Compra-se Um Marido), de Clarence Brown; 1946: It's a Wonderful Life (Do Céu Caiu uma Estrela), de Frank Capra; Magic Town (A Cidade Mágica), de William A. Wellman; 1948: Rope (A Corda), de Alfred Hitchcock; On Our Merry Way (Tudo Pode Acontecer), de L. Fenton, K. Vidor, G. Stevens e J. Huston; Call Northside 777 (A Verdade Triunfou), de Henry Hathaway; 1949: The Stratton Story (Tenacidade), de Sam Wood; Malaya (Malaia), de Richard Thorpe; 1950: Winchester '73 (Winchester '73), de Anthony Mann; Broken Arrow (A Flecha Quebrada), de Delmer Daves; Harvey (Havey), de Henry Koster; 1951: No Highway in the Sky (Viagem fantástica), de Henry Koster; 1952: The Greatest Show on Earth (O Maior Espectáculo da Terra), de Cecil B. de Mille; Bend of the River ou Where the River Bends (Jornada de Heróis), de Anthony Mann; 1953: Thunder Bay (A Baía das Tormentas), de Anthony Mann; The Naked Spur (Esporas de Aço), de Anthony Mann; 1953: The Glenn Miller Story (A História de Glenn Miller), de Anthony Mann; 1954: Rear Window (Janela Indiscreta), de Alfred Hitchcock; 1955: Strategic Air Command (Asas no Céu), de Anthony Mann; The Far Country (Terra Distante), de Anthony Mann; The Man from Laramie (O Homem que Veio de Longe), de Anthony Mann; 1956: The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), de Alfred Hitchcock; 1957: The Spirit of St. Louis (A Águia Solitária), de Billy Wilder; Night Passage (Duelo de Gigantes), de James Nielson ; 1958: Vertigo (A Mulher que Viveu Duas Vezes), de Alfred Hitchcock; Bell, Book and Candle (Sortilégio do Amor), de Richard Quine; 1959: Anatomy of a Murder (Anatomia de um Crime), de Otto Preminger; The FBI Story (Profissão Perigosa), de Melvyn Le Roy; The Mountain Road (Estrada da Montanha), de Daniel Mann; Two Rode Together (Terra Bruta), de John Ford; 1962: The Man Who Shoot Liberty Valance (O Homem que Matou Liberty Valance), de John Ford; Mr. Hobbs Takes a Vacation (O Senhor Hobbs Vai de Férias), de Henry Koster; 1963: Take Her, She's Mine (Esta Filha não é Minha), de Henry Koster; How the West Was Won (A Conquista do Oeste), de J. Ford, G. Marshall, H. Hathaway; 1964: Cheyenne Autumn (O Grande Combate), de John Ford; 1965: The Flight of the Phoenix (O Vôo da Fénix), de Robert Aldrich; 1966: The Rare Breed (Rancho Bravo), de A. V. McLaglen; Shenandoah (O Vale da Honra), de A. V. McLaglen; 1968: Bandolero! (Bandolero!), de A. V. McLaglen; Firecreek (A Hora da Fúria), de Vicent McEverty; 1970: The Cheyenne Social Club (Um Clube só para Cavalheiros), de Gene Kelly; 1971: Fools' Parade (Três Homens em Fuga), de A. V. McLaglen; 1976: The Shootist (O Atirador), de Don Siegel1977: Airport '77 (Aeroporto 1977), de Jerry Jameson; 1974: That’s Entertainment (Isto é Espectáculo), de J. Haley Jr. (comentário); 1978: The Big Sleep (O Sono Derradeiro), de Michael Winner; 1980: Afrika Monogatari, de Susumu Hani, Simon Trevor; 1991: An American Tail: Fievel Goes West (Um Conto Americano 2 - Fievel no Faroeste) (só voz). 

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