sábado, 31 de dezembro de 2016

O OFICIO DE MATAR


O OFÍCIO DE MATAR (1967)

O código de honra dos samurais japoneses, conhecido por “bushidô”, continua a ser respeitado e admirado no Japão, mas influenciou igualmente muitas obras de arte ocidentais, nomeadamente no cinema, onde se destaca precisamente este “Le Samurai”, do francês Jean-Pierre Melville, interpretado por Alain Delon, numa das melhores criações da sua longa filmografia.
Miyamoto Musashi, que, além de ser considerado um dos maiores samurais de sempre (senão mesmo o maior), escreveu ainda um tratado de guerra e de conduta moral,O Livro dos Cinco Anéis”, disse um dia: “Os homens devem moldar o seu caminho. A partir do momento em que alguém vir o caminho em tudo o que fizer, esse alguém tornar-se-á o caminho.” O samurai, para lá da coragem e heroísmo das suas acções, da força e do rigor da sua disciplina, seguia um código rígido de conduta, o bushidô ou “O Caminho do Guerreiro”, um conjunto de regras que para o samurai tinham mais força do que as próprias leis do estado. Para quem seguia o bushidô, o objetivo da vida era uma morte honrosa. Um dos seus principais preceitos era saber que “o verdadeiro samurai só tem um juiz da sua honra: ele mesmo. As escolhas que fizer e como fizer para as obter são um reflexo de quem realmente se é”.
Tudo isto a propósito de “Le Samurai”, filme, que tem como protagonista Jef Costello (Alain Delon), um assassino contratado que executa as encomendas com o maior pragmatismo e frieza. Não há qualquer tipo de sentimento ou emoção no trabalho que efectua. Vive na maior solidão. “Não há mais profunda solidão que a do samurai, a não ser talvez a do tigre na selva”, volta-se a citar um pensamento de samurai, precisamente a frase com que se inicia o filme de Jean-Pierre Melville.  Jef é contratado para matar o dono de um cabaret. Acaba preso, a policia incluiu-o num grupo de suspeitos. Algumas testemunhas, porém, não conseguem (ou não querem) identifica-lo como o autor dos disparos. É posto em liberdade, mas agora vive acossado pela polícia, que continua desconfiada, e pelos mandantes do assassinato, que o julgam perigoso. Assim se descobre na solidão mais completa, assim se encontra o caminho para um final honroso.
Jean-Pierre Melville (1917–1973) é um cineasta singular, autor de uma obra inclassificável. Começou a sua filmografia em finais da década de 40, com a adaptação do romance de Vercors, “Le silence de la mer” (1949), continuando com Jean Cocteau, “Les enfants terribles” (1950) e depois “Quando Leres Esta Carta” (1953). A partir de 1956, com “Bob le flambeur”, entra no universo do gangsterismo, que prolongará em “Dois Homens em Manhattan” (1959). Por essa época, a Nouvelle Vague irrompia pelo cinema francês, destruindo tudo o que ficava para trás, com algumas excepções: Renoir, Vigo, Breson, Tati, Melville. Este tornou-se não um elemento da Nouvelle Vague (nunca pretendeu estar associado a qualquer movimento, ele era também um solitário, com um caminho próprio a percorrer), mas um companheiro de caminho dos jovens da renovação da cinematografia francesa. Aparece como actor nalguns dos filmes mais marcantes desse movimento, como “O Acossado”, de Godard, “Le Signe du Lion”, de Éric Rohmer, “O Duelo na Ilha”, de Alain Cavalier, ou “Landru”, de Claude Chabrol. A sua obra extremamente pessoal prossegue com “Amor Proibido”, incursão pelo universo do clero, para depois se centrar no policial a rondar o filme negro: “O Denunciante”, “Um Homem de Confiança” (ambos de 1963), “O Segundo Fôlego” (1966), “Ofício de Matar” (1967), “O Exército das Sombras” (1969), “O Círculo Vermelho” (1970) e, finalmente, “Cai a Noite Sobre a Cidade” (1972).


“Ofício de Matar” é uma obra extremamente coerente na sua construção narrativa e na sua concepção estética. Desde logo, a cor escolhida, um cinzento esverdeado, distante e frio, que pode relembrar a sela do tigre solitário. Depois, a arquitectura escolhida como cenário vai no mesmo sentido, quer se trate do quarto de Jef, das vielas onde troca de matrícula do carro, e dos ambientes mais sofisticados de bares e habitações de luxo. Em todos o mesmo desconforto, a mesma aridez. O tipo de representação que se escolheu indica igualmente essa intenção. Alain Delon ostenta um rosto impassível, um olhar glacial, um comportamento minucioso. Um gesto de alguma emoção apenas para com o pássaro da gaiola que guarda no quarto, ou para com a namorada, Jane Lagrange (na verdade a mulher de Delon, Nathalie Delon), ou a pianista de cabaret (Cathy Rosier). Mas se há alguma emoção no olhar em certas cenas, logo sobrevem a secura do comportamento e o despojamento dos sentimentos.
Jean-Pierre Melville domina completamente os meios utilizados e escolhe os melhores para cumprir o seu destino de samurai. Melville era um cinéfilo apaixonado. Para ele, fazer cinema era um acto de amor. E amava perdidamente o cinema norte-americano dos anos 40 e 50, sobretudo o filme negro que aqui tão bem homenageia, criando, todavia, um estilo muito próprio. Personagens e situações para Melville são arquétipos, símbolos, num cenário não realista, estilizado, quase abstrato. Assim construiu “Le Samurai”, que muitos estudiosos do seu cinema consideram uma obra-prima e o primeiro sinal do amadurecimento total do seu estilo que depois continuaria em títulos como “O Exército das Sombras” ou “O Círculo Vermelho”.



O OFÍCIO DE MATAR
Título original: Le samouraï
Realização: Jean-Pierre Melville (França, Itália, 1967); Argumento: Jean-Pierre Melville, Georges Pellegrin, segundo romance de Joan McLeod ("The Ronin"); Produção: Raymond Borderie, Eugène Lépicier; Música: François de Roubaix; Fotografia (cor): Henri Decaë; Montagem: Monique Bonnot, Yolande Maurette; Design de produção: François de Lamothe; Decoração: François de Lamothe; Direcção de Produção: Georges Casati; Assistentes de realização: Georges Pellegrin; Departamento de arte: André Boumedil, Robert Christidès, Angelo Rizzi; Som: René Longuet, Robert Pouret, Alex Pront; Companhias de produção: Compagnie Industrielle et Commerciale Cinématographique (CICC), Fida Cinematografica, Filmel, TC Productions; Intérpretes: Alain Delon (Jef Costello), François Périer (Comissário da policia), Nathalie Delon (Jane Lagrange), Cathy Rosier (pianista), Jacques Leroy (o homem na passerelle), Michel Boisrond (Wiener), Robert Favart (barman), Jean-Pierre Posier (Olivier Rey), Catherine Jourdan, Roger Fradet, Carlo Nell, Robert Rondo, André Salgues, André Thorent, Jacques Deschamps, Georges Casati, Jacques Léonard, Pierre Vaudier, Maurice Magalon, Gaston Meunier, Jean Gold, Georges Billy, Ari Aricardi, Guy Bonnafoux, Humberto Catalano, Carl Lechner, Maria Maneva, etc. Duração: 105 minutos; Distribuição em Portugal (DVD): Cine Digital; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 3 de Novembro de 1968.            

ALAIN DELON (1935- )
Alain Delon nasceu em Sceaux, na Borgonha, próximo de Paris. Aos quatro anos, viu os pais, Edith e Fabian, divorciarem-se. Foi então adoptado por um casal, que pouco depois seria assassinado. Volta para junto da mãe, entretanto já casada com outro homem, e enfrenta uma infância problemática, com expulsões de várias escolas. Aos 15 anos deixa de estudar e, dois anos depois, alista-se na marinha francesa, indo lutar na Indochina. Em 1956, regressa a Paris, sem posses, arranja vários empregos, porteiro, garçon, vendedor. Vizinho da cantora Dalida, tornam-se grandes amigos. Em 1957, no Festival de Cannes, onde foi com o amigo Jean-Claude Brialy, chama a atenção do produtor David O. Selznick, que lhe ofereceu um contrato, mas tem de aprender a falar inglês. Entretanto conhece o realizador Yves Allégret, que o convenceu a começar sua carreira na França. Em 1957 interpreta o seu primeiro filme, “Quand la Femme s'en Mele”. Em “Christine” conhece  Romy Schneider, e ambos se apaixonam. Em 1959, foram morar juntos, relacionamento que durou cinco anos.
O seu primeiro grande papel no cinema foi em “Plein Soleil”, de René Clément (1959), que lhe abre as portas para o sucesso. Seguem-se vários títulos importantes, “Rocco e Seus Irmãos” (1960), de Luchino Visconti, com quem volta a trabalhar em “O Leopardo” (1963). Delon é, por essa altura, um sex symbol do cinema europeu, mas igualmente um actor reconhecido, que trabalha com grandes cineastas, como Michelangelo Antonioni, em “O Eclipse”, Jean-Pierre Melville, em “Le Samouraï” (1967), “O Círculo Vermelho” (1970) e “Cai a Noite Sobre a Cidade” (Un flic, 1971), Valerio Zurlini, em “Outono Escaldante” (1972), Joseph Losey, em “O Assassinato de Trotsky” (1972) e” Mr. Klein” (1976) ou Jean-Luc Godard, em “Nouvelle Vague” (1990). Interpretou mais de uma centena de títulos, e afastou-se do cinema, em finais dos anos 90. Apenas surgiu num ou outro trabalho de TV.

Em 1964, casou-se com a atriz Nathalie Delon, e separaram-se em 1969. Depois teve um longo relacionamento com a actriz Mireille Darc. Durante o período em que estava casado com Nathalie, ocorreu um escândalo. Em 1968, um dos seus guarda-costas, Stevan Markovic, foi assassinado e Delon viu-se envolvido no caso. Em 1987 conhece a modelo holandesa Rosalie Van Bremen, e passam a viver juntos. Separam-se em 2001 e Delon conhece um período de depressão que o leva a considerar o suicídio. Em 2012 sofreu um AVC.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O ACTOR: PROGRAMAÇÃO 2017


MASTERCLASS SOBRE HISTÓRIA DE CINEMA

O TRABALHO DE ACTOR

Depois da masterclass “A Actriz, Arte e Sedução”, que aqui foi apresentada há dois anos, com assinalável sucesso, é chegada a altura de dar voz e presença ao Actor. Obviamente que, quando se falou da Actriz, esta tinha sempre atrás de si (ou ao seu lado), actores que não lhes ficavam a dever nada. O mesmo irá acontecer neste novo ciclo, onde magníficas actrizes irão desfilar e dar réplica a essa plêiade de grandes actores de todo o mundo (com óbvia maioria norte-americana) que seleccionámos com a intenção única de demonstrar a grandeza desta arte e dos seus mais completos representantes. Torna-se evidente que, de cada actor, procurámos escolher um título representativo do seu trabalho, de um período particularmente significativo e rico da sua filmografia.
Claro que a cinematografia mais representada é a norte-americana, com obras onde se pode ver e admirar o trabalho de actores como Paul Muni, Walter Pidgeon, Robert Mitchum, Kirk Douglas, Orson Welles, James Cagney, Humphrey Bogart, Alan Ladd, Van Heflin, James Dean, Glenn Ford, Ernest Borgnine, Rod Steiger, Yul Brynner, James Stewart, Spencer Tracy, Ben Gazzara, Cary Grant, James Mason, Gary Cooper, Van Heflin, Charlton Heston, Jack Hawkins, Clark Gable, Montgomery Clift, Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, Sterling Hayde, John Cazale, Warren Beatty, Burt Lancaster, Richard Widmark, John Wayne, Henry Fonda, Gregory Peck, Steve McQueen, Edward G. Robinson, William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Peter Falk, John Cassavetes, Jack Nicholson, Robert De Niro, Peter Finch, Dustin Hoffman, Robert Redford, Jack Warden, Paul Newman, Harrison Ford, Matthew Broderick, Denzel Washington, Cary Elwes, Robin Williams, Ethan Hawke, Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Tom Hanks, Denzel Washington, Tim Robbins, Tom Cruise, Jason Robards, mesmo actores ingleses, como Laurence Olivier, Peter O'Toole, Richard Burton, Michael Caine, Albert Finney, Tom Courtenay, Edward Fox, Jeremy Irons, Sean Connery, ou australianos, bastando para tanto citar Mel Gibson. Mas há outras cinematografias representadas, como a francesa, onde sobressaem nomes como os de Jean Gabin, Gérard Philipe, Alain Delon, Jean-Paul Belmondo, Jacques Tati, Philippe Noiret ou Gérard Depardieu, a sueca, com a presença de Gunnar Björnstrand e Max von Sydow, a japonesa, com a referência obrigatória a Toshirô Mifune, a italiana, onde se citam como exemplos Alberto Sordi, Vittorio Gassman e Marcello Mastroianni, ou a espanhola (Fernando Rey e Javier Bardem).
Com grande mágoa para quem seleciona os actores aqui representados, há muitos e muitos outros que não constam da lista atrás elaborada. Muitos têm sido suficientemente vistos em anteriores masterclasses, de outros não existem cópias em DVD, com legendas, de filmes significativos, e alguns tiveram mesmo de ser riscados para permitir uma masterclass de um ano e não de uma década. Mas cremos que a selecção final dá uma boa imagem do trabalho de actor, desde a década de 30 até finais do século XX (optou-se igualmente por excluir títulos mais recentes por se encontrarem bem presentes na memória do público).
O actor joga-se em múltiplos registos, em escolas e estilos diversificados, há os instintivos e os que necessitam de longos ensaios, os que precisam da liberdade do improviso, os que assumem as marcações mais rígidas, os que se manifestam essencialmente pela palavra, os que trabalham o corpo, os mais estáticos e os que actuam em movimento… e há os realizadores que captam o melhor de cada um, por vezes em filmes que reúnem actores das mais diversificadas origens. Essa uma das magias do cinema, essa uma das razões de ser de mais esta masterclass. Esperemos que o ano de 2017 seja mais uma temporada de profundo deleite artístico e intelectual, bem como de prazer e saudável entretenimentos para os assíduos acompanhantes destas masterclasses.

Lauro António
O ACTOR
Programação prevista

10 de Janeiro de 2017
O PADRINHO (The Godfather), de Francis Ford Coppola (EUA, 1972); com Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, Sterling Hayde, Diane Keaton, John Cazale, etc. 175 min; M/ 18 anos. 
17 de Janeiro de 2017
O SÉTIMO SELO (Det Sjunde Inseglet), de Ingmar Bergman (Suécia, 1957); com Gunnar Björnstrand, Max von Sydow, Bibi Andersson, etc. 96 m; M / 12 anos.
24 de Janeiro de 2017
O OFÍCIO DE MATAR (Le Samouraï), de Jean-Pierre Melville (França, 1967), com Alain Delon, Nathalie Delon, François Périer, etc. 105 min; M/ 12 anos.
31 de Janeiro de 2017
OS SETE SAMURAIS (Shichinin no samurai), de Akira Kurosawa (Japão,1954), com Toshirô Mifune, Takashi Shimura, Keiko Tsushima, etc. 207 min; M/ 12 anos.
7 de Fevereiro de 2017
SCARFACE, O HOMEM DA CICATRIZ (Scarface), de Howard Hawks e Richard Rosson (EUA, 1932), com Paul Muni, Ann Dvorak, Karen Morley, etc. 93 min; M/ 12 anos.
14 de Fevereiro de 2017
FOI UMA MULHER QUE O PERDEU (Le Jour se Lève), de Marcel Carné (França, 1939); com Jean Gabin, Jacqueline Laurent, Arletty, etc. 93 min; M/ 12 anos.
21 de Fevereiro de 2017
O VALE ERA VERDE (How Green Was My Valley), de John Ford (EUA, 1941), com Walter Pidgeon, Maureen O'Hara, Anna Lee, etc. 118 min; M/ 12 anos.
28 de Fevereiro de 2017
O ARREPENDIDO (Out of the Past), de Jacques Tourneur (EUA,1947), com Robert Mitchum, Jane Greer, Kirk Douglas, etc. 97 min; M/ 12 anos.
7 de Março de 2017
MACBETH (Macbeth), de Orson Welles (EUA, 1948), com Orson Welles, Jeanette Nolan, Dan O'Herlihy, etc. 92 min; M/ 12 anos.
14 de Março de 2017
FÚRIA SANGUINÁRIA (White Heat), de Raoul Walsh (EUA, 1949), com James Cagney, Virginia Mayo, Edmond O'Brien, etc. 114 min; M/ 16 anos.
21 de Março de 2017
O VAGABUNDO DE MONTPARNASSE (Les Amants de Montparnasse), de Jacques Becker (França, 1958), com Gérard Philipe, Lilli Palmer, Lea Padovan, etc. 108 min; M/ 12 anos.
28 de Março de 2017
A RAÍNHA AFRICANA (The African Queen), de John Huston (EUA, 1951), com Humphrey Bogart, Katharine Hepburn, Robert Morley, etc. 105 min; M/ 12 anos.
4 de Abril de 2017
SHANE (Shane), de George Stevens (EUA,1953), com Alan Ladd, Jean Arthur, Van Heflin, etc. 118 min; M/ 12 anos.
11 de Abril de 2017
A LESTE DO PARAÍSO (East of Eden), de Elia Kazan (EUA, 1955), com James Dean, Raymond Massey, Julie Harris, etc. 115 min; M/ 12 anos.
18 de Abril de 2017
JUBAL (Jubal), de Delmer Daves (EUA, 1956), com Glenn Ford, Ernest Borgnine, Rod Steiger, etc. 100 min; M/ 12 anos.
25 de Abril de 2017
O REI E EU (The King and I), de Walter Lang (EUA, 1956), com Yul Brynner, Deborah Kerr, Rita Moreno, etc. 133 min; M/ 12 anos.
2 de Maio de 2017
A MULHER QUE VIVEU DUAS VEZES (Vertigo), de Alfred Hitchcock (EUA, 1958), com James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes, etc. 128 min; M/ 12 anos.
9 de Maio de 2017
O ÚLTIMO HURRAH (The Last Hurrah), de John Ford (EUA, 1958), com Spencer Tracy, Jeffrey Hunter, Dianne Foster, etc. 121 min; M/12 anos.
16 de Maio de 2017
ANATOMIA DE UM CRIME (Anatomy of a Murder), de Otto Preminger (EUA, 1959), com James Stewart, Lee Remick, Ben Gazzara, etc. 160 min; M/ 12 anos.
23 de Maio de 2017
INTRIGA INTERNACIONAL (North by Northwest), de Alfred Hitchcock (EUA, 1959), com Stars: Cary Grant, Eva Marie Saint, James Mason, etc. 136 min; M/ 12 anos.
30 de Maio de 2017
OS HERÓIS DE CORDURA (They Came to Cordura), de Robert Rossen (EUA, 1959), com Gary Cooper, Rita Hayworth, Van Heflin, etc. 123 min; M/ 12 anos.
6 de Junho de 2017
BEN-HUR (Ben-Hur), de William Wyler (EUA, 1959), com Charlton Heston, Jack Hawkins, Stephen Boyd, etc. 222 min; M/ 12 anos.
13 de Junho de 2017
A GRANDE GUERRA (La Grande Guerra), de Mario Monicelli (Itália, 1959), com Alberto Sordi, Vittorio Gassman, Silvana Mangano, etc. 137 min; M/ 12 anos.
20 de Junho de 2017
SPARTACUS (Spartacus), de Stanley Kubrick (EUA, 1960), com Kirk Douglas, Laurence Olivier, Jean Simmons, etc. 248 min; M/ 12 anos.
27 de Junho de 2017
OS INADAPTADOS (The Misfits), de John Huston (EUA, 1961), com Clark Gable, Marilyn Monroe, Montgomery Clift, etc.124 min; M/ 12 anos.
4 de Julho de 2017
ESPLENDOR NA RELVA (Splendor in the Grass), de Elia Kazan (EUA, 1961), com Natalie Wood, Warren Beatty, Pat Hingle, etc. 124 min; M/ 12 anos.
5 de Julho de 2017
O JULGAMENTO DE NUREMBERGA (Judgment at Nuremberg), de Stanley Kramer (EUA, 1961), com Spencer Tracy, Burt Lancaster, Richard Widmark, etc. 186 min; M/ 12 anos.
11 de Julho de 2017
O HOMEM QUE MATOU LIBERTY VALANCE (The Man Who Shot Liberty Valance), de John Ford (EUA, 1962), com James Stewart, John Wayne, Vera Miles, etc. 123 min; M/ 12 anos.
12 de Julho de 2017
TEMPESTADE SOBRE WASHINGTON (Advise & Consent), de Otto Preminger (EUA, 1962), com Franchot Tone, Lew Ayres, Henry Fonda, etc. 139 min; M/ 12 anos.
18 de Julho de 2017
NA SOMBRA E NO SILÊNCIO (To Kill a Mockingbird), de Robert Mulligan (EUA, 1962), com Gregory Peck, John Megna, Frank Overton, etc. 129 min; M/12 anos.
19 de Julho de 2017
O AVENTUREIRO DE CINCINNATI (The Cincinnati Kid), de Norman Jewison (EUA, 1965), com Steve McQueen, Ann-Margret, Edward G. Robinson, etc. 109 min; M/ 12 anos.
25 de Julho de 2017
PEDRO O LOUCO (Pierrot le fou), de Jean-Luc Godard (França, 1965), com Jean-Paul Belmondo, Anna Karina, Graziella Galvani, etc. 110 min; M/ 12 anos.
26 de Julho de 2017
LORD JIM (Lord Jim), de Richard Brooks (EUA, 1965), de Peter O'Toole, James Mason, Curd Jürgens, etc. 154 min; M/ 12 anos.
1 de Agosto de 2017
QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF? (Who's Afraid of Virginia Woolf?), de Mike Nichols (EUA, 1966); com Elizabeth Taylor, Richard Burton, George Segal, etc. 131 min; M/ 17 anos.
2 de Agosto de 2017
PLAY TIME - VIDA MODERNA (Playtime), de Director: Jacques Tati (França, 1967), com Jacques Tati, Barbara Dennek, Rita Maiden, etc. 115 min; M/ 12 anos.
8 de Agosto de 2017
A QUADRILHA SELVAGEM (The Wild Bunch), de Sam Peckinpah (EUA, 1969), com William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, etc. 135 min; M/ 12 anos.
9 de Agosto de 2017
MARIDOS (Husbands), de John Cassavetes (EUA, 1970), com Ben Gazzara, Peter Falk, John Cassavetes, etc. 131 min; M/ 12 anos. 
15 de Agosto de 2017
SLEUTH: AUTÓPSIA DE UM CRIME (Sleuth), de Joseph L. Mankiewicz (EUA, Inglaterra, 1972), com Laurence Olivier, Michael Caine, Alec Cawthorne, etc. 138 min; M/ 12 anos.
16 de Agosto de 2017
VOANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS (One Flew Over the Cuckoo's Nest), de Milos Forman (EUA, 1975), com Jack Nicholson, Louise Fletcher, Michael Berryman, etc. 133 min; M/ 16 anos.
22 de Agosto de 2017
TAXI DRIVER (Taxi Driver), de Martin Scorsese (EUA, 1976), com Robert De Niro, Jodie Foster, Cybill Shepherd, etc. 113 min; M/ 18 anos.
23de Agosto de 2017
ESCÂNDALO NA TV (Network), de Sidney Lumet (EUA, 1976), com Faye Dunaway, William Holden, Peter Finch, etc. 121 min; M/ 12 anos.
29 de Agosto de 2017
OS HOMENS DO PRESIDENTE (All the President's Men), de Alan J. Pakula (EUA, 1976), com Dustin Hoffman, Robert Redford, Jack Warden, etc. 138 min; M/ 12 anos.
30 de Agosto de 2017
ESTE OBSCURO OBJECTO DO DESEJO (Cet obscur objet du désir), de Luis Buñuel (França, 977), com Fernando Rey, Carole Bouquet, Ángela Molina, etc. 102 min; M/ 12 anos.
5 de Setembro de 2017
UM DIA INESQUECÍVEL (Una giornata particolare), de Ettore Scola (Itália, 1977), com Sophia Loren, Marcello Mastroianni, John Vernon, etc. 106 min; M/ 12 anos.
12 de Setembro de 2017
MAD MAX - AS MOTOS DA MORTE (Mad Max), de George Miller (Austrália, 1979), com Mel Gibson, Joanne Samuel, Hugh Keays-Byrne, etc. 88 min; M/ 18 anos.
19 de Setembro de 2017
A CALÚNIA (Absence of Malice), de Sydney Pollack (EUA, 1981), com Paul Newman, Sally Field, Bob Balaban, etc. 116 min; M/ 12 anos.
26 de Setembro de 2017
O COMPANHEIRO (The Dresser), de Peter Yates (Inglaterra, 1983), com Albert Finney, Tom Courtenay, Edward Fox, etc. 118 min; M/ 12 anos.
3 de Outubro de 2017
A TESTEMUNHA (Witness), de Peter Weir (EUA, 1985), com Harrison Ford, Kelly McGillis, Lukas Haas, etc. 112 Min; M/ 12 anos.
10 de Outubro de 2017
O NOME DA ROSA (Der Name der Rose), de Jean-Jacques Annaud (França, Itália, RFA, 1986), com Sean Connery, Christian Slater, Helmut Qualtinger, etc. 130 Min; M/ 12 anos.
17 de Outubro de 2017
CINEMA PARAÍSO (Nuovo Cinema Paradiso), de Giuseppe Tornatore (Itália, 1988), com Philippe Noiret, Enzo Cannavale, Antonella Attili, etc. 155 min; M/ 12 anos.
24 de Outubro de 2017
IRMÃOS INSEPARÁVEIS (Dead Ringers, de David Cronenberg (EUA, Canadá, 1988), com Jeremy Irons, Geneviève Bujold, Heidi von Palleske, etc. 116 Min; M/ 16 anos.
31 de Outubro de 2017
TEMPO DE GLÓRIA (Glory), de Edward Zwick (EUA, 1989), com Matthew Broderick, Denzel Washington, Cary Elwes, etc. 122 min; M/ 12 anos.
7 de Novembro de 2017
O CLUBE DOS POETAS MORTOS (Dead Poets Society), de Peter Weir (EUA, 1989), com Robin Williams, Robert Sean Leonard, Ethan Hawke, etc. 128 min; M/ 12 anos.
14 de Novembro de 2017
CYRANO DE BERGERAC (Cyrano de Bergerac), de Jean-Paul Rappeneau (França, 1990), com Gérard Depardieu, Anne Brochet, Vincent Perez, etc. 137 min; M/12 anos.
21 de Novembro de 2017
IMPERDOÁVEL (Unforgiven), de Clint Eastwood (EUA, 1992), com Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, etc. 133 min; M/ 16 anos.
28 de Novembro de 2017
FILADÉLFIA (Philadelphia), de Jonathan Demme (EUA, 1993), com Tom Hanks, Denzel Washington, Roberta Maxwell, etc. 125 min; M/12 anos.
5 de Dezembro de 2017
OS CONDENADOS DE SHAWSHANK (The Shawshank Redemption), de Frank Darabont (EUA, 1994), com Tim Robbins, Morgan Freeman, Bob Gunton, etc. 142 min; M/ 16 anos.
12 de Dezembro de 2017
EM CARNE VIVA (Carne trémula), de Director: Pedro Almodóvar (Espanha, 1997), com Liberto Rabal, Francesca Neri, Javier Bardem, etc. 103 min; M/ 16 anos.
19 de Dezembro de 2017
MAGNOLIA (Magnolia), de Paul Thomas Anderson (EUA, 1999), com Tom Cruise, Jason Robards, Julianne Moore, etc. 188 min; M/ 12 anos.

Blog de apoio à masterclass: http://oactror.blogspot.pt/